Satanás, também chamado de Lúcifer por muitos cristãos, aparece pela primeira vez no livro Crônicas, instigando Davi a fazer um censo de Israel.
O cristianismo e o Islam
tipicamente consideram Satanás como o adversário ou inimigo, mas muitas
revisões e recomposições populares de contos bíblicos inseriram sua
presença e influência em quase todos os aspectos de posição adversa, até
à narração da Criação, em Gênesis e Queda do Homem.
Especialmente por cristãos e muçulmanos, a figura de Satanás foi
tratada variavelmente, como competidor rebelde ou invejoso dos seres
humanos, de Jesus, e caracterizado como anjo caído ou demônio
governador do submundo penitencial, acorrentado num poço fundo, vagando
pelo planeta em busca de almas ou provendo ímpeto para farsas mundanas.
Satanismo Simbólico
O satanismo simbólico é a observação e prática de filosofias e rituais satânicos.Nessa interpretação do satanismo, o satanista não venera Satanás no sentido teísta, mas é um adversário a todos os credos e religiões espirituais.
Mudanças
Devido ao fato de o Satanismo Original ser uma doutrina filosófica
que pregava a liberdade individual do ser humano, dentre outras idéias,
contrariava fortemente os dogmas e princípios morais da Igreja Católica.
Esta, desde então, passou a perseguir os adeptos de tal doutrina e a
acusá-los de heresias como adoração ao demônio e prática de orgias
sexuais. O argumento utilizado pela Igreja para consolidar o seu posto
teve uma eficiência quase completa. Ainda assim, alguns grupos
satanistas conseguiram preservar suas práticas.
É importante destacar que existem diversas vertentes do Satanismo. As duas principais são a vertente filosófica, que se limita a cumprir a doutrina de acordo com certos valores puramente filósoficos, e a vertente religiosa,
que teve o seu surgimento alguns anos depois que a Igreja acusou os
Satanistas Originais de adoração ao diabo, dentre várias outras. Isso
fez com que certos grupos posteriores pensassem que tal acusação se
tratasse de uma verdade absoluta, e devido a uma certa falta de
informação e instrução, tais grupos passaram desde então a pôr em
prática os rituais que pensavam constituir as práticas do satanismo.
Surge então o Satanismo Moderno, com fundamentos puramente religiosos,
dos quais a Igreja os acusava de praticarem, o que não anula a sua
condição de vertente e a existência da vertente filosófica.
Um dos pensamentos mais errôneos sobre o Satanismo é acreditar no uso
de fetos e/ou humanos já formados em rituais macabros, para invocação
da vida, ou da morte, ou de quaisquer outras entidades. No século XX
vários serial-killers usaram equivocadamente o nome do Satanismo para
justificar suas atrocidades, sendo que eles não tinham qualquer ligação
com os verdadeiros satanistas, cuja filosofia poderia superficialmente
ser traduzida sob a expressão "faze o bem ou não faças nada".
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