A morte (do latim mors), o óbito (do latim obitu), falecimento (falecer+mento) ou passamento (passar+mento), ou ainda desencarne (deixar a carne) é o cessamento permanente das atividades biológicas necessárias à manutenção da vida
de um organismo, como ao estado desse mesmo após o evento. Considerado
cientificamente como o fim da consciência, há várias crenças em diversas
culturas e tempos históricos que acreditam em vida após a morte.
Tema de recorrentes discussões, a morte é tratada por diversos povos
com misticismo, é comum a elas a existência de um ritual com objetivos
diferentes a cada uma.
Morte Humana
Morte foi anteriormente definida como parada cardíaca e respiratória mas, com o desenvolvimento da ressuscitação cardiopulmonar e da desfibrilação,
surgia um dilema: ou a definição de morte estava errada, ou técnicas
que realmente ressuscitavam uma pessoa foram descobertas (em vários
casos, respiração e pulso cardíaco podem ser restabelecidos). A primeira
explicação foi aceita, e atualmente, a definição médica de morte é conhecida como morte clínica, morte cerebral ou parada cardíaca irreversível.
A morte cerebral é definida pela cessão de atividade eléctrica no
cérebro. Porém, aqueles que mantêm que apenas o neo-córtex do cérebro é
necessário para a consciência
argumentam que só a atividade eléctrica do neo-córtex deve ser
considerada para definir a morte. Na maioria das vezes, é usada uma
definição mais conservadora de morte: a interrupção da atividade
elétrica no cérebro como um todo, e não apenas no neo-córtex, é
adoptada, como, por exemplo, na "Definição Uniforme de Morte" nos Estados Unidos.
A história médica
contem muitas referências a pessoas que foram declaradas mortas por
médicos, e durante os procedimentos para embalsamento eram encontradas
vivas. Histórias de pessoas enterradas vivas (e assumindo que não foram
embalsamadas) levaram um inventor no começo do século XX a desenhar um sistema de alarme que poderia ser ativado dentro do caixão.
Por causa das dificuldades na definição de morte, na maioria dos
protocolos de emergência, mais de uma confirmação de morte (de médicos
diferentes) é necessária. Alguns protocolos de treinamento, por exemplo,
afirmam que uma pessoa não deve ser considerada morta a não ser que
indicações óbvias que a morte ocorreu existam, como decapitação
ou dano extremo ao corpo. Face a qualquer possibilidade de vida, e na
ausência de uma ordem de não-ressuscitação, equipes de emergência devem
proceder ao transporte o mais imediato possível até ao hospital, para
que o paciente possa ser examinado por um médico. Isso leva à situação
comum de um paciente ser dado como morto à chegada do hospital.
Morte Rápida
Denomina-se morte rápida ou súbita aquela que, pela brevidade de
instalação do processo - em questão de segundos - não possibilita que
seja realizada uma pesquisa profunda e uma observação acurada dos
sintomas clínicos, hábil a ensejar um diagnóstico com certeza e
segurança, nem poder instituir um tratamento adequado, e muitas vezes,
sequer elidir se houve ou não violência.
Morte Lenta
Recebe o nome de morte lenta ou agônica aquela que, em geral, vem de
maneira esperada, devagar, significando a culminação de um estado
mórbido, isto é, de uma doença ou da evolução de um tratamento.
Afora as características e dados que eventualmente aflorem do exame
perinecroscópico, alguns dos quais podem apontar para morte rápida - e.g.
espasmo cadavérico - outros também podem orientar no sentido de uma
morte lenta, demorada, ponto final de uma longa agonia, tal o caso da
emaciação, da caquexia, da presença de extensas escaras de apoio, entre outros exemplos.
Pós-Morte
Tais questões vêm de longa data, e a crença numa vida após a morte como a reencarnação ou ida a outros mundos é comum e antiga.
Para muitos, a crença e informações sobre a vida após a morte são uma
consolação ou uma cobardia em relação à morte de um ser amado ou à
prospecção da sua própria morte. Por outro lado, medo do Inferno
ou de outras consequências negativas podem tornar a morte algo mais
temido. A contemplação humana da morte é uma motivação importante para o
desenvolvimento de sistemas de crenças e religiões organizadas. Por essa razão, palavra passamento quando dita por um espírita, significa a morte do corpo. A passagem da vida corpórea para a vida espiritual.
Apesar desse ser conceito comum a muitas crenças, ela normalmente segue padrões diferentes de definição de acordo com cada filosofia. Várias religiões creem que após a morte o ser vivo ficaria junto do seu criador (Deus).
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