terça-feira, 5 de junho de 2012

Poemas Góticos

Calafrios


Calafrios

Transpiro de pavor, o medo me percorre a espinha...
Alastrando-se dentro de mim o calafrio que me habita.
Faz frio aqui dentro...
Pedra de gelo...
Holocausto e fobia.

Rezo um terço, rogo ave-maria
Com as mãos tremulas segurando as contas frias,
Dedilhando em cada prece, suando frio,
Clamando pela luz divina.

Calafrios...
Que me percorrem a espinha,
Pelas preces não ouvidas,
Querem calar meus lábios,
Secar minha boca fria.

O terror me imobiliza,
Imóvel eu fico buscando uma saída
Olhos paralisados no tempo
Lágrima congelada e aflita.

Choro sangue por dentro
Que me escorre pelas vísceras
A dor que emana em mim é cruel e ímpia.

Calafrios...
O Pai da Luz te excomunga
Para que a fé sobreviva...
Neste peito congelado
Que ainda resta vida.


Amor e Ódio





Eu te amo, com todo ódio que te tenho
Amo com o mais suave dos venenos
com o mais doce sentimento
com a dor mais profunda
de alguém chora em silêncio


Eu te amo....
com todo ódio que te tenho!
amo como a fragilidade de uma flor
amo como a força de um guerreiro.


Eu te amo
e te odeio!
com todos os sentimentos
como a tempestade que passa
como o assobio de um leve vento.


Eu te odeio, porque amo demais
este amor que te tenho!


Punhal


Beberei deste sangue que 
me escorre pelo peito
numa taça de cristal quebrada,
sobre o punhal de lamina afiada,
que corta a alma , que mata.
Resistirei à dor ,
fincarei mais ainda
para nunca esquecer o desamor.

Beberei deste sangue até a ultima gota
para nunca esquecer tua traição.
Saciando minha ira
carregarei este punhal no coração.

Punhal de muitas faces,
cortaste minha carne
sem piedade, sem compaixão,
sobressaltando do meu corpo
a cor vermelha espalhando-se pelo chão.

Lavarei minhas vestes brancas
neste sangue derramado
que tornar-se-á a mortalha
deste corpo dilacerado.

És punhal
em todos os teus atos.



Longe de Mim Mesmo


Longe de mim mesmo!

Estou longe de mim mesmo,
Vagando em pensamentos,
Oprimindo meus sonhos,
Desprezando meus desejos.

Longe das fantasias,
Longe dos entusiasmos,
Vivendo a realidade
Sobrevivendo de um passado.

Estou longe de mim mesmo,
Vivendo o que mais temo,
De corpo cansado e alma morrendo!
Olhos vendados, pés amarrados
Punhos fechados, amargo veneno.

Longe de mim mesmo!
No suicídio dos meus dias,
Eu vou me entorpecendo,
Matando as alegrias,
Matando-me por dentro.

Estou muito longe!
Muito longe de mim mesmo!



O Teu Silêncio


O teu silencio

Corta-me o teu silêncio,
No meio do meu peito...
Como navalha amolada
Cortando aos poucos...
Cruel e gelada.

O teu silêncio me apaga
A única chama que me resta
A única luz que me arrebata

Um silêncio que me cala...
Que me amarra e sufoca
Na forca dos incompreendidos,
No nó que me enrosca.

O teu silêncio queima-me
Com febre de não te ouvir,
Arde como brasa dentro de mim,
Teu silêncio é como fogo
a me consumir.

E nas chamas deste teu silêncio
Resta-me falar por ti...



Pensativa


Pensativa

Mãos no rosto,
Como quem esconde o desgosto
Dos dias cinzentos, do lodo,
De uma mente presa,
Que pensa o tempo todo. 

Solidão que me desatenta,
Tornando-me mais sonolenta
Almejando sonhos de uma alma sedenta
Por mais lucidez e clareza.
Pensativa...
Alimentando-me de incertezas.

Boca entre aberta...
Palavras dispersas,
Fagulhas de pensamentos
De uma vida que tem pressa

O que me resta
Nesta tarde sem entregas?
Pensamentos que me acompanham
No espectro de uma fresta.

Pensativa...
Olhando da janela,
Vendo o dia partir com tanta pressa,
Deixando-me em sentinela,
Pensando em cada dia
Que a vida me leva.



Dor


Minha dor é fogo que se alastra,
carruagem carregada de medo,
brasa ardente que não se apaga.

Minha dor é aperto no peito
feito peso do aço...
chicotadas nas costas
de cabeça pra baixo.

Dor...
que se propaga,
que me enlaça...
que me enrosca
como roseira de espinhos sem rosas.

Minha dor é...
flecha lançada no peito,.
estaca cravada na alma,
ferida sangrenta...
no castigo de minhas horas.



Morta


Morta

Sinto-me morta
nesta cruz que me suporta!
Nem mesmo eu sei o que mais me importa!
Se é a tua ausência, ou se é a tua volta!

Neste meu recinto de segredos e labirintos,
vou deixando a máscara cair.
Não sei se finjo estar triste,
ou se finjo estar feliz.
Neste meu neutro estado de ser,
não sei mais o que sentir.

Sinto-me morta
diante destas horas tortas,
enforcada em uma corda,
sufocada, em coma,
imóvel e sórdida.

Neste meu sepulcro,
coloco minha vida...
decoro-o com letras
e algumas notas de melodia
para aliviar-me desta morte
que me mata a cada dia.




11 comentários:

  1. Oii yanka estava vendo seus poemas e meu eles são demais. Eu queria oedir sua permissão para fazer musicas com eles por eles em forma de musicas e ensaiar com minha banda q esta começando agr e queria saber se vc me permite fazer isso?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pf deixa eu fazer isso so haverá poucas modificações. Preciso de sua resposta urgente te garanto q vc vai gostar das musicas, o estilo da banda é metal core e phc com musicas mais voltadas para a escuridão msm revolta e td mais, me permite fazer isso?

      Excluir
  2. Se voce ainda estiver viva, o meu pedido é o mesmo do julio o.O. Só que no meu caso eu faria a música do 0. me add no face se vc algum dia ver isso...

    ResponderExcluir
  3. PARABENS PELO SEU TRABALHO EXPRESSA TODO SENTIMENTO DE AMOR E ODIO

    ResponderExcluir
  4. Estou vendo por agora amei seus poemas ...eu escrevo tbem espero um dia mostrar meu trabalho ..

    ResponderExcluir