quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A Deusa Astarte

Astarte (grego Αστάρτη) (hebraico עשתרת) - personagem do panteão fenício e na tradição bíblico-hebraica conhecida como deusa dos Sidônios (I Reis 11:2). Era a mais importante deusa dos fenícios. Filha de Baal e irmã de Camos, deusa da lua, da fertilidade, da sexualidade e da guerra, adorada principalmente em Sidom, Tiro e Biblos.

Identidade

Nome: Asterate / Asterath / Astarote / Astorate / Asterote / Astorete / Astarte / Astartéia / Asera / Baalat.
Família: Filha de Baal, Irmã gêmea de Camoesh (Camos), esposa de Tamuz.


Rituais

Os seus rituais eram múltiplos, passando por ofertas corporais de teor sexual, libações, e também a adoração das suas imagens ou ídolos. O seu principal culto ocorria no equinócio da primavera e era altura de grandes celebrações à fertilidade e sexualidade. O sexualismo e erotismo ligados ao seu culto fazia dela uma deusa muito adorada entre os povos da altura, exatamente pelo seu teor. Talvez seja este o motivo que levou o rei Salomão a adorar esta deusa (1 Reis 11:5), contrariando o seu Deus.

Locais de Cultos

Um dos seus templos principais encontrava-se na terra dos filisteus - em Ecron (I Samuel 31:10).

História

 
Esta divindade bíblica é uma herança mitológica da história dos povos da suméria (bíblica sinear) e dos acádios (Gênesis 10:10), onde Asterate era chamada de Ishtar ou Inanna. Mais tarde para os gregos esta divindade foi chamada de Afrodite e Hera, enquanto que para os egípcios era recordada como Ísis ou, como outros defendem, Hator. Esta apareceu pela primeira vez nesta mitologia depois da 18º dinastia, no relato da batalha entre Hórus e Seth em que a sua identidade poderia ser equiparada com Anat.
Segundo a mitologia suméria e acádia Ishtar (Asterate) era irmã de Shamash, ao qual a bíblia se refere como Camoesh, Camos ou Quemós. Em mais que um versículo na Bíblia estes dois nomes aparecem juntos. (I Reis 11:33, II Reis 23:13)
O nome Asterate também aparece associado a Baal (Juízes 2:13, Juízes 2:13, I Reis 18:19). Baal para os sumérios seria o deus Nana, ou Sin para os Acádios, que também era pai de Ishtar/Inanna. Em Biblos Astarte era conhecida como Baalate (forma feminina para Baal).



Outras Referências

A deusa Astarte, foi a mais importante das numerosas divindades fenícias e a única que permaneceu inamovível na sua rica mitologia, apesar das profundas e contínuas mudanças no culto que resultaram de diversas influências oriundas de toda a área do Mediterrâneo, recebidas por este povo de navegantes. A deusa era uma representação das forças da fecundidade e, como tal, foi adorada sob variadíssimos aspectos. Todos eles tinham de comum a imagem de uma deusa amorosa, bela, fecunda e maternal. Chamaram-lhe Kubaba-Cibeles na Síria do Norte. Esta e as restantes divindades fenícias eram adoradas em santuários, mas o seu culto não carecia de esculturas religiosas, pelo que, muitas vezes, elas faltavam nos templos. A sua sede era uma simples pedra ou pilone no centro do lugar sagrado. A proteção divina na vida doméstica era invocada em estatuetas de material tosco, inacabadas, ou em amuletos de inspiração egípcia, como por exemplo o célebre escaravelho solar das pintura faraônicas.

Caim é filho de Lúcifer?E que marca ele recebeu?

Todos conhecemos o que ocorreu depois da “queda” do homem, segundo o Gênesis. Adão e Eva foram expulsos do paraíso e tiveram filhos. Primeiro Caim e logo Abel. Todos sabem que “Deus não aceitava os sacrifícios que lhe dedicava Caim e sim aceitava os de Abel”. Então Caim, cheio de ciúmes, se lançou sobre seu irmão e o matou. Todos sabemos isso, sempre pensamos “que mau foi Caim”, “matou o irmão, que horrível”. Caim era mau e Abel era bom, essa é a interpretação que nos chega pelo judaísmo, pelo cristianismo e pelo islamismo. Inclusive Santo Agostinho, quando nos dá sua interpretação do mito de Caim e Abel, equipara Caim com os judeus e Abel com Cristo. Disse Santo Agostinho que os judeus mataram Cristo, assim como Caim matou Abel. Santo Agostinho, como a maioria, continua a tradição de que Abel era o bom e Caim era o mau.

Em primeiro lugar, a Gnose sustenta que Caim não foi filho de Adão, que Eva gerou seu primeiro filho, Caim, com a Serpente, com Lúcifer. A Serpente Lúcifer fecundou Eva com seu alento, sua força de vontade. Ou seja, Caim não foi um filho totalmente humano, nascido da carne. Teve algo Espiritual muito grande, porque seu pai era Lúcifer, proveniente do mundo incognoscível do Espírito.

Ao contrário, Abel foi filho de Adão e Eva, ou seja, Abel foi um filho da carne.

Temos agora uma primeira diferença entre ambos os irmãos: Caim é superior a Abel. Caim é filho do Espírito e da carne. Abel, somente da carne. Isso em primeiro lugar, agora temos que Caim não é alguém mau, é alguém superior, é alguém importante, muito mais que Abel.

Em segundo lugar, tanto Caim como Abel realizam sacrifícios ao deus criador para agradá-lo, ofertando-lhe coisas que agradam a ele. Caim sacrifica elementos vegetais e Abel, animais, como cordeiros. Segundo a bíblia, isto é o que mais agrada o criador: o sangue do animal morto e o odor de carne queimada do cadáver. Uma antiga lenda nos relata o que Abel disse, certo momento, a seu irmão Caim: “Meu sacrifício, minha oferenda, foi aceita por Deus porque eu o amo; tua oferenda foi rejeitada porque o odeias.”


Posteriormente vemos que Caim assassina seu irmão Abel. Isto é algo muito profundo porque significa que o Espírito rejeita, destrói, assassina a alma. Abel, representado como puro amor e devoção na bíblia. A alma é amor puro, não Amor Verdadeiro, mas o que conhecemos como amor, o que cremos que é o amor, o que nos dizem que é o amor, na realidade é Ódio. O Espírito é o contrário, é percebido como ódio puro, hostilidade e vingança. 

Caim,O Imortal

Em primeiro lugar, vemos que Caim foi amaldiçoado e exilado pelo deus criador. Isso, que pudera parecer castigo, para um Gnóstico é o contrário. Ser amaldiçoado e exilado pelo criador é uma honra para um Gnóstico.

Em segundo lugar, contam algumas lendas judias que o criador castigou para sempre Caim com a falta do sono, condenando-o a não poder dormir, à vigília permanente. Para um Gnóstico isso não é um castigo, mas sim um triunfo. Estar sempre desperto é uma vantagem, uma virtude, um ganho importante.

Em terceiro lugar, a bíblia diz que o criador protegeu Caim, não permitindo que nada lhe fizesse dano ou o matasse. Este é outro ponto muito interessante. Dizem os Gnósticos que o homem que se tem transformado em puro Espírito, ainda que siga habitando o corpo físico, é um imortal, um intocável. Nada nem ninguém podem causar-lhe dano, nada pode atacá-lo, já não tem medo, pois está acima de tudo e já não morre mais, ainda que não seja mais um ser vivente como os outros.

Em quarto lugar, a bíblia diz que o criador pôs uma marca em Caim, um signo para que todos o reconhecessem e não lhe fizessem dano. Antigas lendas judias dizem que esse signo era um chifre na testa. Um chifre na testa significa poder, o poder proveniente do Espírito, o poder que o distingue dos demais homens. Essa “dureza” na testa significa que o Espírito foi liberado e tomou posse do corpo, solidificando-o, Espiritualizando-o. Ninguém pôs uma marca em Caim. Caim conseguiu por si mesmo. Quando isto ocorre, a humanidade e toda a criação sentem. Este será sua eterna lembrança, a prova de seu passo pelo inferno e seu triunfo sobre ele.

Podemos encontrar distintas sínteses sobre a explicação Gnóstica do mito de Caim, no livro que temos citado do Monsenhor Meurin sobre a maçonaria. Também em Le Dieu Rouge, de Robert Ambelain e em Atheism in Christianity, de Ernst Bloch. Assim mesmo, no livro Los Mitos Hebreos, de Graves e Patai, existem dados interessantes. Também existe uma interpretação Gnóstica muito profunda sobre esse mito, em uma estranha novela que se tem divulgado na internet, intitulado “O Mistério de Belicena Villca”.