Astarte (grego Αστάρτη) (hebraico עשתרת) - personagem do panteão
fenício e na tradição bíblico-hebraica conhecida como deusa dos Sidônios
(I Reis 11:2). Era a mais importante deusa dos fenícios. Filha de Baal e irmã de Camos, deusa da lua, da fertilidade, da sexualidade e da guerra, adorada principalmente em Sidom, Tiro e Biblos.
Identidade
Nome: Asterate / Asterath / Astarote / Astorate / Asterote / Astorete / Astarte / Astartéia / Asera / Baalat.
Família: Filha de Baal, Irmã gêmea de Camoesh (Camos), esposa de Tamuz.
Rituais
Os seus rituais eram múltiplos, passando por ofertas corporais de teor
sexual, libações, e também a adoração das suas imagens ou ídolos. O seu
principal culto ocorria no equinócio
da primavera e era altura de grandes celebrações à fertilidade e
sexualidade. O sexualismo e erotismo ligados ao seu culto fazia dela uma
deusa muito adorada entre os povos da altura, exatamente pelo seu teor.
Talvez seja este o motivo que levou o rei Salomão a adorar esta deusa (1 Reis 11:5), contrariando o seu Deus.
Locais de Cultos
Um dos seus templos principais encontrava-se na terra dos filisteus - em Ecron (I Samuel 31:10).
História
Esta divindade bíblica é uma herança mitológica da história dos povos da suméria (bíblica sinear) e dos acádios (Gênesis 10:10), onde Asterate era chamada de Ishtar ou Inanna. Mais tarde para os gregos esta divindade foi chamada de Afrodite e Hera, enquanto que para os egípcios era recordada como Ísis ou, como outros defendem, Hator. Esta apareceu pela primeira vez nesta mitologia depois da 18º dinastia, no relato da batalha entre Hórus e Seth em que a sua identidade poderia ser equiparada com Anat.
Segundo a mitologia suméria e acádia Ishtar (Asterate) era irmã de Shamash, ao qual a bíblia se refere como Camoesh, Camos ou Quemós. Em mais que um versículo na Bíblia estes dois nomes aparecem juntos. (I Reis 11:33, II Reis 23:13)
O nome Asterate também aparece associado a Baal (Juízes 2:13, Juízes 2:13, I Reis 18:19). Baal para os sumérios seria o deus Nana, ou Sin para os Acádios, que também era pai de Ishtar/Inanna. Em Biblos Astarte era conhecida como Baalate (forma feminina para Baal).
Outras Referências
A deusa Astarte, foi a mais importante das numerosas divindades fenícias e a única que permaneceu inamovível na sua rica mitologia, apesar das profundas e contínuas mudanças no culto que resultaram de diversas influências oriundas de toda a área do Mediterrâneo, recebidas por este povo de navegantes. A deusa
era uma representação das forças da fecundidade e, como tal, foi
adorada sob variadíssimos aspectos. Todos eles tinham de comum a imagem
de uma deusa amorosa, bela, fecunda e maternal. Chamaram-lhe Kubaba-Cibeles na Síria do Norte. Esta e as restantes divindades fenícias eram adoradas em santuários, mas o seu culto não carecia de esculturas religiosas, pelo que, muitas vezes, elas faltavam nos templos.
A sua sede era uma simples pedra ou pilone no centro do lugar sagrado. A
proteção divina na vida doméstica era invocada em estatuetas de
material tosco, inacabadas, ou em amuletos de inspiração egípcia, como
por exemplo o célebre escaravelho solar das pintura faraônicas.
Obscuro
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Caim é filho de Lúcifer?E que marca ele recebeu?
Todos conhecemos o que ocorreu depois da
“queda” do homem, segundo o Gênesis. Adão e Eva foram expulsos do
paraíso e tiveram filhos. Primeiro Caim e logo Abel. Todos sabem que
“Deus não aceitava os sacrifícios que lhe dedicava Caim e sim aceitava
os de Abel”. Então Caim, cheio de ciúmes, se lançou sobre seu irmão e o
matou. Todos sabemos isso, sempre pensamos “que mau foi Caim”, “matou o
irmão, que horrível”. Caim era mau e Abel era bom, essa é a
interpretação que nos chega pelo judaísmo, pelo cristianismo e pelo
islamismo. Inclusive Santo Agostinho, quando nos dá sua interpretação do
mito de Caim e Abel, equipara Caim com os judeus e Abel com Cristo.
Disse Santo Agostinho que os judeus mataram Cristo, assim como Caim
matou Abel. Santo Agostinho, como a maioria, continua a tradição de que
Abel era o bom e Caim era o mau.
Posteriormente vemos que Caim assassina seu irmão Abel. Isto é algo muito profundo porque significa que o Espírito rejeita, destrói, assassina a alma. Abel, representado como puro amor e devoção na bíblia. A alma é amor puro, não Amor Verdadeiro, mas o que conhecemos como amor, o que cremos que é o amor, o que nos dizem que é o amor, na realidade é Ódio. O Espírito é o contrário, é percebido como ódio puro, hostilidade e vingança.
Em primeiro
lugar, a Gnose sustenta que Caim não foi filho de Adão, que Eva gerou
seu primeiro filho, Caim, com a Serpente, com Lúcifer. A Serpente
Lúcifer fecundou Eva com seu alento, sua força de vontade. Ou seja, Caim
não foi um filho totalmente humano, nascido da carne. Teve algo
Espiritual muito grande, porque seu pai era Lúcifer, proveniente do
mundo incognoscível do Espírito.
Ao contrário, Abel foi filho de Adão e Eva, ou seja, Abel foi um filho da carne.
Temos agora
uma primeira diferença entre ambos os irmãos: Caim é superior a Abel.
Caim é filho do Espírito e da carne. Abel, somente da carne. Isso em
primeiro lugar, agora temos que Caim não é alguém mau, é alguém
superior, é alguém importante, muito mais que Abel.
Em segundo lugar, tanto Caim como Abel
realizam sacrifícios ao deus criador para agradá-lo, ofertando-lhe
coisas que agradam a ele. Caim sacrifica elementos vegetais e Abel,
animais, como cordeiros. Segundo a bíblia, isto é o que mais agrada o
criador: o sangue do animal morto e o odor de carne queimada do cadáver. Uma antiga lenda nos relata o que Abel
disse, certo momento, a seu irmão Caim: “Meu sacrifício, minha oferenda,
foi aceita por Deus porque eu o amo; tua oferenda foi rejeitada porque o
odeias.”
Posteriormente vemos que Caim assassina seu irmão Abel. Isto é algo muito profundo porque significa que o Espírito rejeita, destrói, assassina a alma. Abel, representado como puro amor e devoção na bíblia. A alma é amor puro, não Amor Verdadeiro, mas o que conhecemos como amor, o que cremos que é o amor, o que nos dizem que é o amor, na realidade é Ódio. O Espírito é o contrário, é percebido como ódio puro, hostilidade e vingança.
Caim,O Imortal
Em primeiro lugar, vemos que Caim foi
amaldiçoado e exilado pelo deus criador. Isso, que pudera parecer
castigo, para um Gnóstico é o contrário. Ser amaldiçoado e exilado pelo
criador é uma honra para um Gnóstico.
Em segundo lugar, contam algumas lendas
judias que o criador castigou para sempre Caim com a falta do sono,
condenando-o a não poder dormir, à vigília permanente. Para um Gnóstico
isso não é um castigo, mas sim um triunfo. Estar sempre desperto é uma
vantagem, uma virtude, um ganho importante.
Em terceiro lugar, a bíblia diz que o
criador protegeu Caim, não permitindo que nada lhe fizesse dano ou o
matasse. Este é outro ponto muito interessante. Dizem os Gnósticos que o
homem que se tem transformado em puro Espírito, ainda que siga
habitando o corpo físico, é um imortal, um intocável. Nada nem ninguém
podem causar-lhe dano, nada pode atacá-lo, já não tem medo, pois está
acima de tudo e já não morre mais, ainda que não seja mais um ser
vivente como os outros.
Em quarto lugar, a bíblia diz que o criador
pôs uma marca em Caim, um signo para que todos o reconhecessem e não
lhe fizessem dano. Antigas lendas judias dizem que esse signo era um
chifre na testa. Um chifre na testa significa poder, o poder proveniente
do Espírito, o poder que o distingue dos demais homens. Essa “dureza”
na testa significa que o Espírito foi liberado e tomou posse do corpo,
solidificando-o, Espiritualizando-o. Ninguém pôs uma marca em Caim. Caim
conseguiu por si mesmo. Quando isto ocorre, a humanidade e toda a
criação sentem. Este será sua eterna lembrança, a prova de seu passo pelo inferno e seu triunfo sobre ele.
Podemos encontrar distintas sínteses sobre a
explicação Gnóstica do mito de Caim, no livro que temos citado do
Monsenhor Meurin sobre a maçonaria. Também em Le Dieu Rouge, de Robert
Ambelain e em Atheism in Christianity, de Ernst Bloch. Assim mesmo, no
livro Los Mitos Hebreos, de Graves e Patai, existem dados interessantes.
Também existe uma interpretação Gnóstica muito profunda sobre esse
mito, em uma estranha novela que se tem divulgado na internet,
intitulado “O Mistério de Belicena Villca”.
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Satanismo
O satanismo é um grupo de religiões composto por muitas crenças ideológicas e filosóficas e fenômenos sociais. As características comuns entre elas incluem associação símbólica com, admiração pelo personagem de e até veneração de Satanás ou de outras figuras rebeldes similares, como Prometeu, e figuras libertadoras.
Satanás, também chamado de Lúcifer por muitos cristãos, aparece pela primeira vez no livro Crônicas, instigando Davi a fazer um censo de Israel.
O cristianismo e o Islam
tipicamente consideram Satanás como o adversário ou inimigo, mas muitas
revisões e recomposições populares de contos bíblicos inseriram sua
presença e influência em quase todos os aspectos de posição adversa, até
à narração da Criação, em Gênesis e Queda do Homem.
Especialmente por cristãos e muçulmanos, a figura de Satanás foi
tratada variavelmente, como competidor rebelde ou invejoso dos seres
humanos, de Jesus, e caracterizado como anjo caído ou demônio
governador do submundo penitencial, acorrentado num poço fundo, vagando
pelo planeta em busca de almas ou provendo ímpeto para farsas mundanas.
Satanismo Simbólico
O satanismo simbólico é a observação e prática de filosofias e rituais satânicos.Nessa interpretação do satanismo, o satanista não venera Satanás no sentido teísta, mas é um adversário a todos os credos e religiões espirituais.
Mudanças
Devido ao fato de o Satanismo Original ser uma doutrina filosófica
que pregava a liberdade individual do ser humano, dentre outras idéias,
contrariava fortemente os dogmas e princípios morais da Igreja Católica.
Esta, desde então, passou a perseguir os adeptos de tal doutrina e a
acusá-los de heresias como adoração ao demônio e prática de orgias
sexuais. O argumento utilizado pela Igreja para consolidar o seu posto
teve uma eficiência quase completa. Ainda assim, alguns grupos
satanistas conseguiram preservar suas práticas.
É importante destacar que existem diversas vertentes do Satanismo. As duas principais são a vertente filosófica, que se limita a cumprir a doutrina de acordo com certos valores puramente filósoficos, e a vertente religiosa,
que teve o seu surgimento alguns anos depois que a Igreja acusou os
Satanistas Originais de adoração ao diabo, dentre várias outras. Isso
fez com que certos grupos posteriores pensassem que tal acusação se
tratasse de uma verdade absoluta, e devido a uma certa falta de
informação e instrução, tais grupos passaram desde então a pôr em
prática os rituais que pensavam constituir as práticas do satanismo.
Surge então o Satanismo Moderno, com fundamentos puramente religiosos,
dos quais a Igreja os acusava de praticarem, o que não anula a sua
condição de vertente e a existência da vertente filosófica.
Um dos pensamentos mais errôneos sobre o Satanismo é acreditar no uso
de fetos e/ou humanos já formados em rituais macabros, para invocação
da vida, ou da morte, ou de quaisquer outras entidades. No século XX
vários serial-killers usaram equivocadamente o nome do Satanismo para
justificar suas atrocidades, sendo que eles não tinham qualquer ligação
com os verdadeiros satanistas, cuja filosofia poderia superficialmente
ser traduzida sob a expressão "faze o bem ou não faças nada".
Morte
A morte (do latim mors), o óbito (do latim obitu), falecimento (falecer+mento) ou passamento (passar+mento), ou ainda desencarne (deixar a carne) é o cessamento permanente das atividades biológicas necessárias à manutenção da vida
de um organismo, como ao estado desse mesmo após o evento. Considerado
cientificamente como o fim da consciência, há várias crenças em diversas
culturas e tempos históricos que acreditam em vida após a morte.
Tema de recorrentes discussões, a morte é tratada por diversos povos
com misticismo, é comum a elas a existência de um ritual com objetivos
diferentes a cada uma.
Morte Humana
Morte foi anteriormente definida como parada cardíaca e respiratória mas, com o desenvolvimento da ressuscitação cardiopulmonar e da desfibrilação,
surgia um dilema: ou a definição de morte estava errada, ou técnicas
que realmente ressuscitavam uma pessoa foram descobertas (em vários
casos, respiração e pulso cardíaco podem ser restabelecidos). A primeira
explicação foi aceita, e atualmente, a definição médica de morte é conhecida como morte clínica, morte cerebral ou parada cardíaca irreversível.
A morte cerebral é definida pela cessão de atividade eléctrica no
cérebro. Porém, aqueles que mantêm que apenas o neo-córtex do cérebro é
necessário para a consciência
argumentam que só a atividade eléctrica do neo-córtex deve ser
considerada para definir a morte. Na maioria das vezes, é usada uma
definição mais conservadora de morte: a interrupção da atividade
elétrica no cérebro como um todo, e não apenas no neo-córtex, é
adoptada, como, por exemplo, na "Definição Uniforme de Morte" nos Estados Unidos.
A história médica
contem muitas referências a pessoas que foram declaradas mortas por
médicos, e durante os procedimentos para embalsamento eram encontradas
vivas. Histórias de pessoas enterradas vivas (e assumindo que não foram
embalsamadas) levaram um inventor no começo do século XX a desenhar um sistema de alarme que poderia ser ativado dentro do caixão.
Por causa das dificuldades na definição de morte, na maioria dos
protocolos de emergência, mais de uma confirmação de morte (de médicos
diferentes) é necessária. Alguns protocolos de treinamento, por exemplo,
afirmam que uma pessoa não deve ser considerada morta a não ser que
indicações óbvias que a morte ocorreu existam, como decapitação
ou dano extremo ao corpo. Face a qualquer possibilidade de vida, e na
ausência de uma ordem de não-ressuscitação, equipes de emergência devem
proceder ao transporte o mais imediato possível até ao hospital, para
que o paciente possa ser examinado por um médico. Isso leva à situação
comum de um paciente ser dado como morto à chegada do hospital.
Morte Rápida
Denomina-se morte rápida ou súbita aquela que, pela brevidade de
instalação do processo - em questão de segundos - não possibilita que
seja realizada uma pesquisa profunda e uma observação acurada dos
sintomas clínicos, hábil a ensejar um diagnóstico com certeza e
segurança, nem poder instituir um tratamento adequado, e muitas vezes,
sequer elidir se houve ou não violência.
Morte Lenta
Recebe o nome de morte lenta ou agônica aquela que, em geral, vem de
maneira esperada, devagar, significando a culminação de um estado
mórbido, isto é, de uma doença ou da evolução de um tratamento.
Afora as características e dados que eventualmente aflorem do exame
perinecroscópico, alguns dos quais podem apontar para morte rápida - e.g.
espasmo cadavérico - outros também podem orientar no sentido de uma
morte lenta, demorada, ponto final de uma longa agonia, tal o caso da
emaciação, da caquexia, da presença de extensas escaras de apoio, entre outros exemplos.
Pós-Morte
Tais questões vêm de longa data, e a crença numa vida após a morte como a reencarnação ou ida a outros mundos é comum e antiga.
Para muitos, a crença e informações sobre a vida após a morte são uma
consolação ou uma cobardia em relação à morte de um ser amado ou à
prospecção da sua própria morte. Por outro lado, medo do Inferno
ou de outras consequências negativas podem tornar a morte algo mais
temido. A contemplação humana da morte é uma motivação importante para o
desenvolvimento de sistemas de crenças e religiões organizadas. Por essa razão, palavra passamento quando dita por um espírita, significa a morte do corpo. A passagem da vida corpórea para a vida espiritual.
Apesar desse ser conceito comum a muitas crenças, ela normalmente segue padrões diferentes de definição de acordo com cada filosofia. Várias religiões creem que após a morte o ser vivo ficaria junto do seu criador (Deus).
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